sábado, 11 de agosto de 2007

dia.lético

Um pouco da minha semana, já que me mantive ausente.

Atualmente tô lendo um livro muito bom do conceituado antropólogo brasileiro Roberto DaMatta. Se chama O que faz o brasil, Brasil?, trabalha com a identidade do brasileiro e como isso constrói o perfil do país, com letra maiúscula (isso ouvindo Mundo Livre S.A. e alguns pífanos, tipo Pipoca Moderna). Quando terminar de ler conto com mais detalhes o assunto. Não é uma leitura pesada, mas tem características de descrição densa, da antropologia. E o próximo livro que vou ler é Cem anos de solidão, do Gabriel García Márquez.

Uma outra coisa que fiquei pensando é essa coisa de viver numa capital. Aqui, na minha querida roça grande, se você grita ninguém te ouve, se corre não dá tempo, você nem respeita o ritmo cardíaco que seu corpo necessita devido às obrigações e ralações diversas. É só você que pode se cuidar, se ajudar e se criar. Pessoas orientam, mas nem todas tem tempo pra outras. Daí chamam isso de autonomia. Eu acho perigoso, tange muito para o individualismo. O espaço próprio é importante, mas conviver é fundamental. Aprende-se consigo mesmo, é um exercício diário de paciência, tolerância e força de vontade.

Por último, o assunto que nomeia o post de hoje: o dia dos pais. Antes eu julgava como comercial, hoje vejo como único dia do ano que nós pais somos reconhecidos e ouvimos algo carinhoso sobre a gente. Sem generalizar, mas sabemos que é por aí. Ao mesmo tempo que me sinto feliz em passar o dia com meu pai, sinto uma angústia enorme por não passar com a Sol. E eu vou passar esse dia quieto, não quero ninguém me cutucando. Preciso de paz pra digerir isso. Humildade, serenidade e paz. Com a graça de Deus ainda virão muitos outros dias como esse, não necessariamente o oficial, pra eu poder curtir com minha pequena.

Fiquem na paz e até mais!

Um comentário:

Paulinha disse...

Oi Rapha!!! Pow, quanto tempo não pouso por aqui! Ahahah...gostei do termo "Roça grande", aqui em São Paulo eu chamo de Selva de Pedra...mas que eu não conseguiria viver em outro lugar!
Beijo grande!