sábado, 14 de julho de 2007

Trilha Sonora

O que me faz oscilar entre Ana Carolina & Seu Jorge e Motörhead?

O humor e o dia. Não tenho problemas com pessoas, geralmente meu problema é com o dia. Se meu dia foi uma merda, não espere que eu seja um Jorge que vou estar mais pra Lemmy. Nisso, o meu MP3 me acompanha dando os tons, os ritmos dos passos e a cadência da fala. Falo isso porque meu dia ontem foi uma merda, tava mais pra Sepultura que Tom Jobim.

Lembrando aqui, ontem foi sexta-feira 13 - Dia Mundial do Rock. Todo ano falo do Dia Mundial do Rock. Hoje sou um cara que valorizo também o samba de raiz, a MPB, as sinfonias, os batuques... mas como não falar do rock? Hoje escuto mais variações, mas valorizo também os tradicionais que não são produzidos mais. Outros tradicionais voltaram - como The Police e Mutantes. E tem outros que mal vão e já voltam, tipo Kiss.

O velho e bom rock 'n' roll tem grande importância histórica e social. Praqueles que são racistas e idiotas metidos a roqueiros, o rock nasceu de hinos de escravos africanos, tambores, lamentos e revoltas. Elvis pegou o que era da cultura negra e rompeu uma puta barreira que existia nos EUA tocando um ritmo que não era tradicional entre os brancos. Daí contagiou, espalhou e sabemos como foi o resto.

O que faço aqui, aproveitando o Dia Mundial do Rock e meu (mal) humor é uma defesa pela tolerância mútua. Por mais que seja difícil pra cacete, ninguém seja obrigado a aguentar axé, pagode, metal ou funk, temos que respeitar. É tudo cultura. Você escolhe se aquela cultura te serve ou não. Se não servir, também não é legal desfazer do outro. Apenas deixa pra quem gosta! Se minha filha quiser ouvir Furacão 2000 ao invés de Cordel ou Mutantes, paciência. Meu papel é mostrar que existe. Se seu vizinho gosta de Chiclete, deixa o cara. Não adianta ligar o som num puta volume tocando Iron Maiden porque ele só vai ficar mais puto. E entre as próprias tribos, sem essa de que "o meu é melhor que o seu". Respeito ao indivíduo.

Tolerância e respeito vão além da música, isso é só um recorte.

Música de verdade rompe fronteiras... como Elvis fez com o rock, Beethoven fez com suas sinfonias ou Cartola fez com seus sambas.


2 comentários:

Denise disse...

É bem difícil tolerar essa enxurrada de duplas sertanejas que aparecem aqui em Goiânia, fico irritada, mas eu tento!
Quando eu era pequenininha tinha medo dos caras do kiss!

Anônimo disse...

Como os Beatles com o rock/pop. Ei, agora que eu você mudou o nome do blog e eu também, que tal alterar o nome no link? Já alterei o seu!